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Sobre Entrevista

         Entrevista é a modalidade de levantamento de dados destinada a levantar realidades estruturadas com uma   clientela. É um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. A entrevista é bastante adequada para a obtenção de informações acerca do que as pessoas sabem, pensam, esperam, sentem ou desejam, pretendem fazer, fazem ou fizeram, bem como acerca das suas explicações ou razões a respeito das coisas precedentes.

Os objetivos de uma entrevista incluem:

 obter as opiniões do entrevistado, o que ajuda na descoberta dos problemas-chave a serem tratados;

  •  conhecer os sentimentos do entrevistado sobre o estado corrente do sistema;
  •  obter metas organizacionais e pessoais;
  •  levantar procedimentos informais.
  • gerar documento de compromisso com os participantes.

PREPARAÇÃO 

          Uma boa entrevista deve sempre ter uma preparação antes de sua execução, envolve as seguintes etapas principais: planejamento, condução e elaboração de um relatório da entrevista.

 

  • obter algum conhecimento prévio a respeito do entrevistado;
  • marcar a data com antecedência;
  • preparar um esquema ou lista de questões que não poderão ser omitidas.
  • delinear o objetivo a ser alcançado. Leia as documentações do projeto e do ambiente, marcando ou anotando as dúvidas para que sejam sanadas durante a entrevista.
  • Deve-se também haver uma metodologia de documentação do processo. A documentação se faz necessária não para informar, após a conclusão do projeto, se foi feito o que se pediu, mas simplesmente para se ter documentado o que foi dito na entrevista.
  • construa, rapidamente, uma base de confiança e entendimento;
  • mantenha o controle da entrevista;
  • venda a “idéia do sistema”, provendo ao entrevistado as informações necessárias. 
PLANEJAMENTO

 

planejamento de uma entrevista envolve os seguintes passos:

1. Estudar material existente sobre os entrevistados e suas organizações. Procure dar atenção especial à linguagem usada pelos membros da organização, procurando estabelecer um vocabulário comum a ser usado na elaboração das questões da entrevista.

Este passo visa, sobretudo, otimizar o tempo despendido nas entrevistas, evitando-se perguntar questões básicas e gerais.

2. Estabelecer objetivos. De maneira geral, há algumas áreas sobre as quais um engenheiro de software desejará fazer perguntas relativas ao processamento de informação e ao comportamento na tomada de decisão, tais como fontes de informação, formatos da informação, frequência na tomada de decisão, estilo da tomada de decisão, etc.

3. Decidir quem entrevistar. É importante incluir na lista de entrevistados pessoas chaves de todos os níveis da organização afetados pelo sistema. A pessoa de contato na organização pode ajudar nesta seleção. Quando necessário, use amostragem.

4. Preparar a entrevista. Uma entrevista deve ser marcada com antecedência e deve ter uma duração entre 45 minutos e uma hora.

5. Decidir sobre os tipos de questões e a estrutura da entrevista. O uso de técnicas apropriadas de questionamento é o “coração” de uma entrevista.

6. Decidir como registrar a entrevista. Entrevistas devem ser registradas para que informações obtidas não sejam perdidas logo em seguida. Os meios mais naturais de se registrar uma entrevista incluem anotações e o uso de gravador;

DESENVOLVIMENTO 

  •  obter e manter a confiança do entrevistado;
  •  deixar o entrevistado à vontade; dispor-se mais a ouvir do que falar; dar ao entrevistado tempo suficiente para falar sobre o assunto;
  •  manter o controle da entrevista;
  •  apresentar primeiro as perguntas que tenham menos probabilidade de provocar recusa; evitar pergunta que implique ou sugira a resposta;
  •  registrar os dados imediatamente;
  •  não emitir opinião.
EXECUÇÃO

     Devidamente preparado, o analista deverá se encaminhar a  pessoa a ser entrevistada. Deverá se apresentar e informar o objetivo da entrevista, o mais importante é o relacionamento entre o analista e entrevistado. Ele, de bom humor, irá responder com paciência e, dependendo da pessoa, com detalhes o que lhe for perguntado. Alguns pontos a serem observados:

  1.  Clientes e usuários não são seus amigos Eles querem o projeto pronto e pronto logo. Portanto, por mais que o entrevistado seja amistoso, não confie muito no clima de paz e harmonia, pois ele pode durar pouco.
  2.  O entrevistado não gosta de ser entrevistado   É verdade! Você chega para o profissional, o faz parar o que ele está fazendo para você fazer um monte de perguntas detalhando cada aspecto da rotina de trabalho, do processo, do sistema atualmente utilizado… Para ele, isso é perda de tempo.
  3.  Não induzir pergunta   É comum vermos analistas induzindo as respostas. Jamais faça isso, pois depois quem irá se dar mal é você. O seu objetivo é entender o que ele precisa não reforçar o que você acha sobre alguma coisa. Induzir perguntas pode gerar retrabalho mais pra frente e atrasar o projeto.
  4.  Anote tudo  Anote tudo o que você ouvir, falar e notar. Isso pode lhe ser muito útil posteriormente.

FINALIZAÇÃO

       A entrevista termina quando todas as dúvidas do analista forem sanadas. Isso não quer dizer que tudo deve ser feito em apenas um dia. Se o tempo começar a se estender muito, é comum se marcar uma nova sessão outro dia para dar continuidade ao trabalho. O tempo médio utilizado para sessões é de duas horas. Após o término de todas as sessões, o analista vai elaborar um relatório final com data, hora, tópicos abordados, perguntas e respostas.

        As anotações de comportamento e observações não serão inseridas no relatório. Também não serão inseridas as informações passadas “por baixo do pano”. Muitas vezes o usuário confia em você e libera informações (a maioria das vezes muito úteis) confidenciais. Essas não devem ser reportadas no relatório para não quebrar a confiança do usuário.

Com o relatório pronto, deve-se submetê-lo à aprovação do entrevistado, coletamos a assinatura dele no relatório para que fique registrado tudo o que foi dito na entrevista. Esse documento tem finalidade apenas informativa.

       Entre os propósitos a serem definidos está a coleta de dados relativos ao processo de pesquisa, visto que os procedimentos podem divergir, destacando-se por meio de leituras, entrevistas, questionários, documentos e observação.

O ROTEIRO

      É possível um planejamento da coleta de informações por meio da elaboração de um roteiro com perguntas que atinjam os objetivos pretendidos. O roteiro serviria, então, além de coletar as informações básicas, como um meio para o pesquisador se organizar para o processo de interação com o informante. Partindo do pressuposto de que uma boa entrevista começa com a formulação de perguntas básicas, que deverão atingir o objetivo de pesquisa, é possível fazer uma análise do roteiro para identificar a sua adequação em termos de linguagem, estrutura e sequência das perguntas no roteiro.

      A formatação de um roteiro por meio de tópicos não garante que o pesquisador formule adequadamente as indagações no momento da  entrevista. Além disso, quando se trata de entrevistar vários participantes, o entrevistador poderá indagar diferentemente na presença de cada um dos informantes, apesar de a linguagem e de nossa língua propiciar buscar mensagens iguais a partir de verbalizações diferenciadas. Parece que a indicação por tópicos pode auxiliar o entrevistador a mapear o que deseja buscar no processo de interação, porém para pesquisadores iniciantes o roteiro construído por meio de perguntas parece ser um meio mais sensato para buscar informação e uma forma para adquirir segurança naquilo que deseja pesquisar. Talvez o roteiro por itens seja adequado para entrevistadores e pesquisadores experientes.

       Uma segunda consideração sobre o roteiro baseado em perguntas se refere à possibilidade de análise das perguntas do roteiro antes da coleta. É possível, por meio de um roteiro elaborado por perguntas, descobrir as imperfeições do roteiro e das perguntas, bem como servir como treino simbólico antes da coleta. A tentativa de compreender o que se quer buscar com as perguntas do roteiro é um treino no sentido de saber e ter consciência sobre o tipo de pergunta que é possível apresentar ao informante  no momento da entrevista. A partir de um roteiro com perguntas bem elaboradas, a possibilidade de acertar nas intervenções pode aumentar. Um roteiro bem elaborado não significa que o entrevistador deva tornar-se refém das perguntas elaboradas antecipadamente à coleta, principalmente porque uma das características da entrevista semi-estruturada é a possibilidade de fazer outras perguntas na tentativa de compreender a informação que está sendo dada  ou mesmo a possibilidade de indagar sobre questões momentâneas à entrevista, que parecem  ter relevância para  aquilo que está sendo estudado.

PARA QUE SERVE?

Sua função principal é auxiliar o pesquisador a conduzir a entrevista para o objetivo pretendido, além de, segundo a concepção do autor, ter outras funções como: auxiliar o pesquisador a se organizar antes e no momento da entrevista; auxiliar, indiretamente, o entrevistado a fornecer a informação de forma mais precisa e com maior facilidade.

ADEQUAÇÃO

   Adequação do roteiro é a submissão do roteiro para entrevista à apreciação externa, através de dois procedimentos comumente utilizados:

  •   apreciação por juízes externos
  •   entrevista piloto

     Roteiro-guia consiste em perguntas que deverão ser analisadas mediante o roteiro da entrevista e mesmo após a realização da entrevista piloto, através da análise de três pontos:

 PROBLEMAS FREQUENTEMENTE CONSTATADO

      Uso de palavras que lhe são próprias (pesquisador), jargão técnico; fazer uma pergunta única para investigar um conceito complexo. Investigar conceitos pode ser uma tarefa difícil se o roteiro não estiver claro e preciso, com perguntas redigidas de forma simples e direta.

       Ao elaborar roteiros, vários pesquisadores acabam listando itens a serem pesquisados, e de posse desses, realizam a entrevista. Vale ressaltar que esses itens no momento da entrevista, garantem a precisão do conceito a ser investigado.      

  Referencias

<https://www.ic.ufmt.br:8080/c/document_library/get_file?p_l_id=12683&folderId=53266&name=DLFE-2405.pdf>.acesso em fev 2013.

<https://www.marilia.unesp.br/Home/Instituicao/Docentes/EduardoManzini/Consideracoes_sobre_a_elaboracao_do_roteiro.pdf> Acesso fev 2013